Saiba aqui como lidar com a perda de memória em idosos

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A terceira idade vem acompanhada de diversas mudanças que afetam o corpo e a mente. Apesar de muitas pessoas se assustarem, é perfeitamente normal que o organismo passe por transformações devido ao desgaste natural ao longo dos anos. Um dos problemas que mais levanta o questionamento dos filhos e familiares é como lidar com a perda de memória em idosos.

É comum que pessoas idosas tenham esquecimentos considerados “normais da idade”. Entretanto, é necessário estar atento, pois essa perda de memória pode ser sinal de problemas mais graves, como o Alzheimer.

Em meio a tantas questões, surgem ainda dúvidas sobre como lidar com os sintomas da perda de memória, que altera a autonomia e a saúde o idoso. Produzimos este artigo para esclarecer os principais pontos sobre o assunto. Acompanhe!

O que é considerado um esquecimento normal?

Muitas pessoas de idade costumam ter episódios de esquecimento, e isso pode acontecer, inclusive, com certa frequência. Portanto, é normal da idade, já que com o passar dos anos a degeneração de estruturas que mantêm os neurônios funcionando ocorre naturalmente.

Aliás, essa diminuição de neurônios pode afetar a memória. Nesse caso, é comum haver pequenos esquecimentos ou até mesmo confusão, como quando os pais trocam o nome dos filhos com frequência ou esquecem que marcaram algum compromisso.

Normalmente, esse tipo de situação não interfere na rotina do idoso. Porém, caso haja algum receio por parte da família, é recomendado agendar uma consulta com o médico para que todas as dúvidas sejam respondidas e doenças graves sejam descartadas.

O que é a doença de Alzheimer?

O Alzheimer é a principal doença que tem como consequência a perda de memória. Muitas pessoas temem tê-la, já que aproximadamente 50 milhões de idosos em todo o mundo sofrem com o problema, e a perspectiva é de aumento gradativo a cada ano.

Essa espera pelo crescimento de casos de Alzheimer é explicada pelo aumento da expectativa de vida. Como a doença atinge a terceira idade, quanto mais pessoas estiverem vivas nessa faixa etária, maior será o número de registros.

Em resumo, o Alzheimer é uma doença neurológica e degenerativa que afeta, principalmente, a memória de curto prazo. Além disso, ela também pode causar distúrbios comportamentais, e todos esses sintomas tendem a agravar com o passar do tempo.

Os primeiros sinais da doença são alterações frequentes na memória, mudança na personalidade, perda de percepção de espaço. Quando chega ao segundo estágio, o doente apresenta certa dificuldade para falar, já que essa função cognitiva também é afetada. Além disso, há uma dificuldade para executar as tarefas do dia a dia devido à falta de coordenação motora.

Em uma fase mais grave, o paciente já não controla as necessidades fisiológicas, apresenta dificuldades para se alimentar e a deficiência motora é cada vez mais acentuada. Depois disso, a doença chega ao estado terminal, quando a pessoa é ainda mais acometida, sente muita dor e deve ficar descansando.

É importante ressaltar que esses estágios podem levar anos para se desenvolverem. Alguns doentes vivem de dez a 15 anos com Alzheimer, outros mais de 20. Cada caso é único e deve ser acompanhado e tratado desde o início para oferecer maior qualidade de vida ao idoso e à sua família.

Qual a diferença entre Alzheimer e perda de memória em idosos?

No estágio inicial, muitas pessoas confundem os sintomas do Alzheimer e os sinais de perda de memória em idosos. Embora os dois problemas provoquem esquecimentos, há algumas diferenças que devem ser levadas em consideração para descartar ou confirmar cada caso. Confira, a seguir, os principais aspectos aos quais você precisa ficar atento!

Sinais de perda de memória natural

  • esquecer o que falaria e lembrar depois;
  • trocar nomes;
  • esquecer que marcou um compromisso;
  • trocar horários de compromissos;
  • colocar objetos fora do lugar, mas em lugares aceitáveis, como deixar a chave na mesa, sendo que há um porta-chaves.

Sinais de Alzheimer

  • esquecer de algo que aprendeu recentemente;
  • deixar a preparação da comida pela metade ou o fogão aceso;
  • esquecer para onde estava indo ou o que estava fazendo em determinado lugar;
  • escolher roupas que não condizem com a situação;
  • ter mudança de humor sem motivos;
  • ter sono em excesso;
  • colocar objetos fora do lugar, mas em lugares não aceitáveis, como colocar o celular na geladeira.

O que é demência?

Diferente do Alzheimer, que afeta essencialmente a memória, a demência é uma síndrome complexa que acomete alguns indivíduos com idade mais avançada. Ela compromete o sistema cognitivo das pessoas, podendo oferecer prejuízo em todas, algumas ou apenas uma função.

As principais funções cognitivas e cerebrais que podem ser afetadas são:

  • orientação;
  • pensamento;
  • memória;
  • capacidade de fala;
  • capacidade de julgamento;
  • alteração de personalidade;
  • compreensão;
  • aprendizagem.

Dentre essas funções, a memória é a que mais é atingida e tende a ficar debilitada quando o quadro de demência se inicia. Essa situação clínica atinge, quase em sua totalidade, pessoas com mais de 65 anos. Isso não quer dizer que todos os idosos um dia terão a doença. Alguns chegam próximo dos 90 anos sem tê-la desenvolvido.

Outro fator importante é que os sintomas e os efeitos da demência iniciam de forma mais lenta, sendo aumentados com o passar do tempo. Sendo assim, espera-se que a perda de função se acentue. Esse quadro pode levar a problemas emocionais e depressão, por isso, é necessário dar todo apoio ao idoso que se encontra nessa condição.

Devido à incapacidade de realizar tarefas diárias e à busca por uma maior qualidade de vida, muitas famílias de idosos com demência procuram um residencial sênior. Nesses espaços, eles conseguem encontrar auxílio de profissionais de saúde capacitados, além da prática de exercícios físicos, atividades cognitivas e de lazer.

Como lidar com o esquecimento no dia a dia?

Envelhecer é natural, e é muito bom que as pessoas das quais gostamos têm vivido cada vez mais. Mas devemos nos lembrar de que muitas vezes, os problemas da terceira idade acabam afetando a rotina da família.

Existem algumas recomendações para lidar com o esquecimento dos idosos, as quais podem ser colocadas em prática para facilitar a vida de todos. A primeira delas é respirar três vezes e ter muita paciência.

Seus pais ou avós vão repetir várias vezes a mesma coisa. Responda a todas elas, como se eles não tivessem perguntado. Não ficar irritado com a situação é o primeiro passo para lidar melhor com a realidade dos idosos.

Conversas frequentes também ajudam. Logo, não deixe seu familiar sentado o dia inteiro sem interação. Isso pode ser muito prejudicial à saúde, afinal de contas, a socialização é uma necessidade humana, não importa a idade.

Além disso, mantenha-os ativos. Proponha atividades que eles precisem pensar, como jogos, palavras cruzadas e filmes. Caso não tenha condições de dar a atenção devida, considere contratar uma pessoa para ajudar ou leve-o em um residencial sênior para que viva com mais qualidade.

Como vimos, a perda de memória em idosos é uma situação normal que deve ser enfrentada pela família. Portanto, é importante saber lidar com ela e ficar de olho no comportamento das pessoas na terceira idade para identificar qualquer problema com mais facilidade. Em caso de dúvidas, procure o médico.

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